Clima irregular na AMS e boa demanda dão força para alta de dois dígitos na soja em Chicago nesta 5ª
Nesta quinta-feira (2), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago encerraram o dia com boas altas. Os contratos mais negociados subiram entre 13,75 e 14,50 pontos e foram intensificando seus ganhos durante o dia. Assim, o vencimento novembro fechou o pregão com US$ 13,04 e o maio com US$ 13,56 por bushel. O óleo também subiu forte, encerrou a sessão com mais de 1% de alta e também foi combustível para os ganhos do grão.
“O clima irregular na América do Sul foi o principal combustível para as altas desta sessão, apesar do comportamento da demanda também estar sendo importante neste momento”, afirmaram os analistas de mercado do portal americano The Farm Futures. O mercado trabalhou com informações de bastidores de que a China teria comprado de seis a 10 cargos de soja dos EUA.
De acordo com os números reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quinta, na semana encerrada em 26 de outubro, os EUA venderam 1,010 milhão de toneladas de soja em grãos, enquanto o intervalo esperado pelo mercado era de 900 mil a 1,5 milhão de toneladas. O volume foi 27% menor em relação à semana anterior e 13% na comparação com a média das últimas quatro semanas. A China foi a principal compradora da oleaginosa americana.
Em toda temporada, o país já comprometeu 23,269,1 milhões de toneladas, contra pouco mais de 32 milhões do mesmo período do ano passado. A estimativa total do USDA é de que as exportações norte-americanas sejam de 47,76 milhões de toneladas.
O mercado segue dando cada vez mais espaço às informações sobre o clima ainda bastante irregular no Brasil, que mantém o plantio atrasado, bem como a possibilidade da chegada desta nova oferta, o que também acaba sendo um suporte importante para os preços na CBOT.
As previsões continuam a sinalizar condições adversas para o avanço dos trabalhos de campo, em especial no sul do país, onde são esperadas mais chuvas, um novo ciclone e em áreas onde já há campos encharcados e com perdas irreversíveis, no milho, por exemplo.
“O modelo GFS (americano), gerado nesta tarde, indica acumulados leves de precipitações para o PR, MG, norte de GO, TO, noroeste do MT, sul da BA, norte de Buenos Aires, Entre Rios, Santa Fé e leste de Santiago del Estero. Acumulados moderados a fortes de chuvas foram indicados para o RS, SC e toda a região produtora do PY. Para o restante da região produtora do Brasil está previsto clima
seco”.